28 agosto 2008

Bifurcações




britadeiras barulhentas, batidas, barbáries...
belo benfeitor, baratos bifocais.
benditas badaladas!
bonde, bifurcação, bosque...bordel!
bisbilhotices, baralhos, bizarrices bestiais
banho, belas brincando, barbitúricos, Ballantines
bolso balançando... barganha...
bala!
corpo boiando.



Veja outros poemas da coleção Letras

-- João Otero - 2-mar-2005 --

14 agosto 2008

Paixão e Amor (piegas, eu sei)

- por João Otero - 14/agosto/08

Enjôo muito facilmente.
Sempre me perguntei "como?" é que pessoas encontram suas almas-gêmeas e que diabos de amor é esse que faz as pessoas ficarem juntas para o resto da vida...
Na ignorância da minha adolescência sempre me pareceu impossível; no máximo, conformista.
Mas na análise das motivações acerca das separações (e que são muitas aqui nos EUA!) e na discussão entre amigos sobre a perecividade (ou não) da paixão, acabei por achar a minha resposta.

Pois que seja a paixão perecível, e que o amor não se sustente sem paixão, como sobrevivem os amores? Ou seriam apenas conveniências e conformismos os sobreviventes?
Mas e a paixão platônica, eterna, romancista, literária - existiria? Que sem graça a vida em não existindo!

Pois minha resposta é simples: o amor não sobrevive sem paixão - fato; mas as paixões não cessam, e sim se transformam.
Há três fases básicas, talvez quatro (ou até mais) nos relacionamentos longevos, todos sustentados por paixão, e que constróem o amor verdadeiro.
Primeiro há a paixão-larva, essa que se canta nas músicas, facilmente reconhecível, arrebatadora; seu propósito é a união inicial, a atração. E ela dura um tempo.
Depois, a paixão-casulo, trabalhosa, cultivante, se preparando para merecedora da borboleta....
E enfim a paixão-borboleta: reconhecedora de todo o esforço, colorida e orgulhosa dele.

A característica intrínseca mais marcante de qualquer paixão pode talvez ser a "descoberta". Cujo antônimo, o "tédio", define também justamente o seu ocaso. E então, se o romance-larva sobreviveu aos demais infortúnios e provações, é hora de trocar de brinquedo. E há no curso natural da vida outras "descobertas" a que se apaixonar: filhos podem ser uma nova motivação comum, um novo jogo, um novo desafio. Vira-se casulo.

Durante esse jogo, mais tarde, construiu-se, sem se perceber, um livro. E a história ganha peso suficiente, e alegrias e obstáculos acumulados o suficiente, para pôr na balança e justificar decisões, manter união, fazer valer a pena. Está-se borboleta.

E quem sabe ainda vêm os netos... (E sei lá eu o que acontece com as borboletas...)

A paixão nunca deixa de existir. Muda de cara. Mas está sempre lá, prestando suporte ao amor.
...Mas e eu, que enjôo muito facilmente?!
Bem, acho que ainda sou larva.

Se quiserem, me chamem de "verme"... ;)
Ou, a quem se arriscar, convença-me a casulo.

04 agosto 2008

Best Doughnut in the World Ever


This bakery in Philadelphia makes the best doughnut in the world, as the picture can show by itself.