26 novembro 2014

Coisas que eu odeio


balas de goma verdes
inveja
mentira
iTunes
injustiça
manga (fruta)
gritaria
anis
funcho
arak
(anis, funcho e arak é meio que tudo a mesma coisa...)
moralismo, moralidade e tudo o que privar a liberdade individual
unhas dos pés pintadas com cores fortes
congestionamento
dormir cedo
acordar cedo
ronco
certos tipos de surpresas
o Estado de Bem-Estar Social
hipocrisia
cheiro de comida quando estou dormindo
cartilagem de galinha na comida
cheiro de vinagre
estupidez
fanta uva
pessoas que não sabem ouvir
barraco
bixos superfelizes fazendo gracinhas em voz alta (vide hiperfelicidade eufórica...)
traição
dirigir em porto alegre
dor-de-cabeça
dor-de-garganta
ter que ir ao mercado
ter que ir cortar o cabelo
...simplesmente "ter que" qualquer coisa
trabalhar para os outros
trabalhos de aula
música sertaneja
beterraba
música sertaneja
novela
música sertaneja (...é que eu odeio muito!)
a voz da vocalista do Pato Fu
andar na Rua da Praia ao meio-dia
procurar vaga para estacionar
deliveries fechados quando eu tô com fome
sentir frio
sair das cobertas no inverno
ficar entediado
domingos à tarde
o caminhão do gás
o síndico
pessoas que atravessam a faixa-de-segurança na diagonal
hiperfelicidade eufórica grupal (vide bixos superfelizes...)
Zorra Total
metrô em Sampa no horário de rush (ou quase quaisquer outros horários)
tomate poroso
coisas mal-acabadas
disputar a guarda da poltrona do cinema / ônibus / avião
catracas que demoram para abrir
pessoas que comem pipoca no cinema (devia ser proibido!)
grupos de pessoas conversando no cinema (deviam ser presos!)
horários bancários
o delay dos carros ao abrir ou fechar o sinal
multidões compactadas (especialmente em horário de almoço de zonas comerciais ou empresariais)
festas apertadas
pessoas olhando minha tela enquanto escrevo no computador
pessoas que esbarram em mim
que me encostem
ar-condicionado em temperatura diferente de 24 graus
dormir de janela aberta (porque a temperatura cai durante o meu sono e eu acordo com dor-de-garganta)
mosquitos
moscas
baratas
pessoas andando lado-a-lado e trancando toda a calçada
cheiro de alho (especialmente acordar com)
cheiro do shampoo anti-caspa clean & clear (especialmente acordar com)
o "rio" Pinheiros
bombons de figo
a ameixa da torta Marta Rocha
côco disfarçado em chocolate
dobrinha do encosto da cabeça da poltrona do ônibus
quem grita ao falar ao telefone
horários comerciais (porque não sempre?); horários - enfim.
esses fiapos brancos no meu cabelo
fofocas / ti-ti-ti / novela / conversar sobre a vida dos outros (tudo a mesma coisa)
teclado de celular
caminhão ultrapassando outro caminhão na terceira faixa

(to be continued...)

13 novembro 2014

Coisas que eu amo

sinuosidades
haikais
fios dourados
olhos azuis
leite moça
transformar guardanapos em bolinhas de papel
cheiro de chuva
barulho de chuva
pintura zen
minimalismo
silêncio
lua
amoralidade
pizza
suar
cumplicidade
madrugada
discussões filosóficas
livros!
tempo
balançar na rede
filmes de ficção
o Estado Ultra-mínimo
maracujá
morango
humor britânico
certos tipos de surpresas
Manhattan
cozinhar para amigos
franqueza
determinação + persistência
dedilhados de violão
cadernos em branco
Bach
poesia
folha em branco
jogos de salão
videogame
liberdade
banho demorado
brigadeiro
desacomodação
preto e branco
sensação de brinquedo novo
férias
idéia nova na cabeça
churrasco com a galera
histórias pessoais
pessoas incomuns
sofrer - às vezes... (quem nunca?)
mancebos
Darwin
lógica
(to be continued...)



O dia, que corra.
Queria é que as manhãs se espreguiçassem um pouco mais...

-- João Otero - 13-nov-2014 --

10 novembro 2014


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07 novembro 2014

Lições de vida que os cotonetes nos trazem

Me considero um cara de sorte. O inusitado acontece em mim...
150 cotonetes novinhos num pote - que era mais caro que a caixa, mas a organização tem o seu valor. Abro o pote, escorrega a tampa da minha mão, escorrega o pote entre os dedos, bate o pote na quina do balcão, e vai girando em direção ao chão... Tudo isso em câmera lenta. 
E eu pensando "que caiam poucos cotonetes fora do pote... que caiam poucos...".
Todos. Todos os cotonetes caíram no chão! Não sobrou nenhum no pote.
Os cotonetes ensinam que sorte ou azar é uma questão de spin.
Pra cada sorte que eu tenho, êta de azar!
...Aí naquela dúvida de se a regra dos 5 segundos vale também pros cotonetes, vou lá enfiar os ditos de volta no pote.
Segunda lição dos cotonetes: certas coisas, depois de bagunçadas, nunca voltam pro pote do mesmo jeito que eram antes.

-- João Otero - 7-nov-2014 --

01 novembro 2014

E quando a gente um dia aprende que beijos carregam significados,
a gente aprende a ler beijos.
E então percebemos a sempre companheira falha de comunicação.




-- João Otero - 1-nov-2014 --

Cotidianos II








                  "Costumo conversar com as pessoas que eu gosto" - disse ela.
                  Foi quando eu quis virar costume...




                   -- João Otero - 1-nov-2014 --

Cotidianos I







                                "Pra que viajar? Só para encher os olhos?!"
                                          - E aí eu percebi que faltava-lhe um furo
                                          entre os olhos e o coração.







                                -- João Otero - 1-nov-2014 --



Beco


Nunca foi conto de fadas em nenhum lugar... É um olho que filtra; foto que foca. Escondendo o que não quer mostrar - gotas de desesperança de que o mundo não precisa. Vem da cisma de um olhar que edita particulares poemas que o mundo nos lança. Mas eu lido melhor com a coisa fria, crua, do que a obra recitada; com a música que é escrita do que a que me é cantada. Eu lido melhor com os olhos inchados e o coração pulsando na boca. Com os lábios mordidos, rachados; e com a garganta rouca, sorvendo o que há de dores pra mim nessa vida. Com rasgos e arranhões, com  espadadas: o meu caminho é a verdade coroada. Que ainda há de beijar a face inchada e afagar a minha alma dolorida. Antes que me chegue ao fim esse longo beco sem saída.


-- João Otero - 1-nov-2014 --