13 novembro 2009

poesia: Tempo

Tempo

Olhei ao lado e o tempo ia...
Vagarosamente, num vagar errante
Deslizando viscoso num mar de presentes
Que iam passando, passando, passando...

Olhei o tempo, que ia balançando
Num trotear capenga, em movimento brando
Ia, nem curvado, nem ereto, sendo
Um rastro de névoa no gélido campo

E quando eu passei, ele foi me vendo
Ir no meu trotear, claudicando manco
Olhei ao lado e ia indo o tempo
Enquanto eu fui passando, passando, passando...

-- João Otero - 13-nov-09 --