10 novembro 2013

é muito dificil para mim aceitar a imperfeição
nao que eu nao aprecie beleza na contemporaneidade, nem que eu seja parnasiano
mas ainda sou romantico, idealista
vejo que há arte no acaso
os dramas sao historias até mais bonitas
que esses romances
mas os romances deixam abertas portas, por serem perfeitos, por nao terem feito escolhas ainda
o drama nao: se desenrola, não há volta
eu nao sei ainda viver sem escolha
nao sei bem aceitar, sem ficar imaginando como teria sido abrir a outra porta
estou em processo de reinventar-me
mas consciente;
não por mero acaso
já vejo beleza na
rima imperfeita
na métrica quebrada
nas dissonâncias do jazz e da bossa
Vejo a verdade do aikido
do improviso, do fluxo
o surf
o aceite, a adaptação de darwin
a vida idiossincrática, como ela é - do nelson
mas ainda desistir do sonho,
me soa com um tom de derrotismo
de justificativa
um gosto meio amargo
de icompetencia
até que ponto é uma mudança autêntica de paladar?
e até que ponto é só racionalização - eu, entregando os pontos?
até que ponto sou mesmo eu,  e onde começa minha percepção a ser influenciada pelos meus eus mais íntimos?
fracasso ou evolução,
sei lá...
ainda sou um romântico
no limite do idealismo
afinal, qual a borda do infinito?