04 julho 2011

A impossibilidade de tocar a ausência - com a certeza de senti-la...
Não compreender o infinito - nem tampouco conceber um fim sem que haja algo depois...
Dar nome ao nada - que é algo que não existe e nem sequer é imaginável...
Marcar-se na testa com a consequência do tempo - mas sem jamais descobrir sua causa...
Viver e morrer ao mesmo tempo - e contentar-se em não ter um propósito na imensidão desse tudo
...que o é, por si só, a única coisa que faz sentido.

-- João Otero - 2-jul-2011 --