15 maio 2014

Perdido, entre o instinto e a razão.
Querendo ambos, mas nenhum dos dois.
Não-querendo deveras o instinto que aflige tanto - touro louco, incontrolável.
Mas saudoso por deixá-lo. Nostálgico de sua alegria corcoveante; da cor de sua giba floreteada.
Dorme, instinto... Um dia, quando mais forte, volto a acordá-lo.
Quando eu tiver exorcizado um pouco da alma de mim mesmo.

-- João Otero - 15-mai-2014 --